XI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
Sabe aquela frase que ouvimos quando temos filhos pequenos?. “Aproveite porque passa rápido”. Sim, é uma verdade, entretanto é incompleta. Poderíamos ampliar um pouco mais essa frase e dizermos “aproveite, fique atento e participe, porque passa rápido”. Sabemos que é durante a infância e a adolescência que os principais desenvolvimentos psíquicos, emocionais, cognitivos, motores acontecem. Ou seja, é durante essa etapa da vida que são impressas as características mais importantes do indivíduo. Por isso, a infância e a adolescência urgem.
No mês de junho tive o prazer de participar, como delegada do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (CEDCA) na XI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Foram 3 dias de discussão, articulação, reflexão e proposição sobre ações pontuais que possam garantir o melhor atendimento a nossas crianças e adolescentes, nos mais variados âmbitos: educação, cultura, saúde.
Foram trazidos os impactos sofridos no contexto pandêmico e pós pandêmico, sem minimizar que a violência contra aqueles que deviam ser cuidados, onde há vulnerabilidade presumida, já se estende de forma pregressa à pandemia, avançando em seus indicadores durante e posteriormente a ela.
Conclui-se que, apesar do crescimento nas mais variadas formas de violências perpetradas contra as crianças, existe uma falha na prevenção e é aqui que, enquanto estado e sociedade, sendo corresponsáveis juntamente com a família, assumimos nosso papel a partir de propostas, projetos e encaminhamentos, militamos para dar voz àqueles que tem muito o que falar.
Durante a conferência, fomos instigados a olhar PARA e olhar COM a criança e o adolescente, buscando ouvi-los em suas colocações e manifestações de formas diversas. Por isso, de forma paritária durante as discussões, sociedade civil, estados, movimentos sociais, conselhos Tutelares, crianças e adolescentes, discutiram juntos, puderam expor suas angústias e demandas e votaram de acordo com aquilo que tangibilizava a garantia de direitos no olhar individual, pensando sempre no coletivo.
Além das falas de autoridades da Secretaria de Desenvolvimento e Família e outros órgãos que atuam na área da Infância e Adolescência, fomos presenteados com palestras Magnas sobre Violações e Vulnerabilidades e as ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade a partir do olhar psicossocial, além de apresentações culturais de música, poesia, trazidas pelos protagonistas dessa Conferência: as crianças e os adolescentes.
Ouvir os relatos e conhecer um pouco do que vem acontecendo ao longo do Estado, nos coloca a refletir, a criar novas estratégias, a construir propostas para o melhor atendimento dos interesses daqueles que configuram o melhor investimento que uma sociedade pode fazer no presente para se projetar um futuro saudável e relevante.
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